quinta-feira, 29 de novembro de 2012

MURUNDU - Pequenas notas sobre processo de montagem com a Meia Ponta Cia de Dança (BH/MG)

Murundu:

Embolado / Monte de coisa e coisa nenhuma / Monte


Foto: Lena Maia

Nova criação de DUDUDE para o Meia Ponta Cia de Dança, dirigida por Marisa Monadjemi. MURUNDU foi criado para quatro bailarinos/performers; uma obra aberta, pois está em constante exercício de apropriação de descobertas.

MURUNDU propositalmente traz em seu assunto o acumulo de coisas que geram murundus todo o tempo e assim imagens variadas sobre o estar no mundo de hoje e agora.
A palavra de ordem desta criação é “coisificar”, e assim produzir imagens onde o espectador poderá trabalhar a sua sensibilidade de imaginar e criar o significado de o que poderá ser MURUNDU.

MURUNDU, um monte e também um monte de coisas, das mais variadas, juntas, emaranhadas, disformes, misturadas e potentes.

O processo de MURUNDU teve inicio em Agosto desde mesmo ano, precisou de agilidade para a construção da obra em si como dos corpos que dançam esta obra.

Transformar, virar coisas, efeitos,agir como vento, pedra, terra, para tanto a necessidade de se trabalhar diretamente com o poder da imaginação.

Como uma criança, os bailarinos foram se deixando ser, proporcionando ao corpo a possibilidade de serem afetados tanto pelo imaginação quanto pelo assunto tratado em MURUNDU.

Contando com artistas como Marcelo Xavier, colaborador de trabalhos anteriores da Meia Ponta Cia de Dança na concepção da ambientação cênica e figurinos, que foram elaborados dentro de um processo criativo de assistir ensaios, discutir sobre as imagens apresentadas etc. A ambiência sonora ficou a cargo de Renato Motha musico, compositor e parceiro meu de outros trabalhos.

Nosso ponto de partida foi o clima do mundo, o tempo do mundo, o consumo do mundo, como estestópicos,assuntos rotineiros e cotidianos de qualquer humano vivente. Ou faz frio, ou calor, ou chove, ou seca, há sempre um tom de reclame, sempre o tempo é culpado de todas as ingerências do viver contemporâneo e a impressão é que não se olha realmente para o por que de tantas mudanças abruptas.

MURUNDU aborda esta questão do ser humano como mais um no planeta, poeticamente, usando de objetos descodificados de suas funções básicas para assim repontencializá-los criando um ambiente de paisagens inusitadas.

Ao espectador de MURUNDU desejo mergulhem juntos com Murundu e deixem que as imagens falem sobre algo...

Aos bailarinos de MURUNDU digam: divirtam-se, deixem ser imagens.


A Mercado Moderno e a Meia Ponta Cia de Dança apresentam a estreia do espetáculo “MURUNDU”, inspirado no meio ambiente e com com concepção, direção e organização coreográfica de Dudude e direção artística da companhia de Marisa Monadjemi.
Data:  30 de novembro, sexta-feira
e 1º e 2 de dezembro, sábado e domingo.
Horário: 20 horas.
Local: Meia Ponta Espaço Cultural Ambiente
Rua Grão Pará, 185,  Santa Efigênia
fone: 31.3241.2020

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